Uma praga que está se espalhando pelas plantações de palma forrageira na
região Seridó do Rio Grande do Norte fez com que o Governo do Estado decretasse
estado de calamidade em Equador, cidade distante
269 quilômetros de Natal. De acordo com o
coordenador do Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do Rio Grande do
Norte (Idiarn) na região, Renato Dias Maia, a proliferação da
cochonilha-do-Carmim tem devastado os cultivos de palma no município. Em
períodos de seca - como o que está ocorrendo atualmente -, a palma forrageira é
utilizada por criadores para alimentar o gado.
Manoel Pedro Filho, de 66 anos, teve quase a totalidade de sua plantação de palma infestada pela cochonilha. Ele tem cerca de 2 hectares plantados em um sítio na zona rural do município, mas já foi informado pelo Idiarn que perderá o plantio. Manoel utiliza a palma forrageira para alimentar as sete vacas que possui. "Antes eram 30, mas algumas morreram. As outras eu vendi", contou o agricultor. Os animais são utilizados por Manoel basicamente para a subsistência. "Mas vou ver se consigo engordar elas pra vender, porque assim não dá jeito", reclamou.
O técnico Geovan Batista afirmou que a cochonilha chegou ao Nordeste brasileiro pelo estado de Pernambuco. “Um agropecuarista a trouxe do México, e este inseto se reproduziu”, disse. Segundo ele, a cochonilha chegou ao RN através da divisa com a Paraíba, que também sofre com a peste. “Como Equador fica situada na região próxima à divisa com o estado paraibano, acabou sendo a cidade mais afetada”, esclareceu.
COMBATE
O Idiarn e o Governo do Estado temem a proliferação do inseto nos demais municípios produtores de palma forrageira. O plano de ação proposto após o decreto de calamidade prevê, segundo o secretário José Simplício, a erradicação da praga através da incineração das plantações. “É a forma mais viável de se combater o inseto”, alegou.
Além disso, também está prevista a reposição da vegetação perdida pelos produtores. “Vamos plantar uma palma geneticamente mais resistente ao inseto”, assegurou o secretário.
De toda forma, José Simplício lembra que é importante que os produtores não comercializem as palmas que fazem parte de plantações que foram atingidas pela praga, para que a cochonilha não se espalhe pelas demais regiões do estado. “Vamos fazer fiscalizações nas entradas e saídas de Equador para impedir que isso ocorra”, disse.
Segundo ele, as ações de combate à praga aguardam o repasse de recursos do Ministério da Agricultura.
com informações do G1 Rn
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